Este blog está destinado a difundir informações e conhecimentos Bíblicos com textos reflexivos e apologistas


domingo, 25 de dezembro de 2011

Breve Desabafo Sobre a Soberba

Quão difícil é conviver com a falta de humildade de alguns irmãos em Cristo, é deplorável a auto-afirmação, e arrogância, falam descompensadamente, sentem-se senhores da verdade e se auto-titulam, uma vez que, são cheios de limitações e sujeitos a erros e pecados como todos nós, quase sempre tentam se maquiar de uma falsa modéstia, mas na verdade, seus semblantes refletem pura soberba e altivez e confesso que estou estarrecido com pessoas se “auto-apresentando” o tempo todo.

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. (Provérbios 16:18)

Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. (I Pedro5:5)


Quando fitamos nossos olhos em Jesus [Glória a Deus!] observamos o seguinte:

Lava os pés de seus discípulos (João 13:8).
“Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo”.

Agradece ao Pai por ter- se revelado aos “pequeninos” (Mateus 11:25)
“Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos

Um Ministério de servidão (Lucas 22:27)
Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve?
Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve”.

É abstruso, entretanto devemos da mesma forma descrita em Gálatas 5: 22 e 23 nos é avertido em (Efésios 4:2) Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” 

Sem mais comentários... Deixemos o Espírito Santo ministrar



Graça e Paz!
Pablo Silveira

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Supremacia da Palavra (Parte I)


Infelizmente, inúmeros líderes homens e mulheres, dentro e fora de nossas congregações vêm norteando o povo de Deus, a partir de experiências, visões, sonhos, revelações, “achismos” ou interpretações estapafurdias da Palavra do Senhor, verdadeiras fábulas que ferem e insistem em ferir a Santidade e Retidão de Deus. A igreja está doente, Cristo gradativamente vem perdendo o centro de nossa Liturgia, de nossos feitos, de nossos pensamentos. Acredito que, devemos voltar ao Puro e Simples Evangelho, sermos genuinamente fiéis às Sagradas Escrituras, mesmo que travemos contra nós mesmos uma grande batalha, pois, o reino é conquistado por esforço desde os dias de João Batista disse Jesus. As pessoas falam muito em um avivamento espiritual na igreja, contudo, quando olho para a Bíblia e diga-se de passagem que é regra de fé e conduta de vida, inerrante e infalível; conseguintemente percebo que o avivamento da Palavra precedia todos os avivamentos espirituais em Israel, a Palavra genuina, viva e eficaz sem distorções sem deturpações, citemos o exemplo de Neemias capítulos 8 e 9.

É o que devemos buscar, está escrito e jamais iremos contra, edifiquemos portanto nossa casa sobre a rocha, pratiquemos o que nos é realmente proposto por Deus. Não podemos nos conformar com estes acontecimentos, mas também não criemos facções e ou dissensões em virtude de tudo isso, pois somos participantes e coparticipantes com Cristo, temos que exalar o bom perfume, refletir o caráter do Senhor, amá-los e orar por eles, inconformados, é claro, mas tendo no Espírito Santo o equilíbrio e moderação necessários para agir com amor. Ouvi ontem a seguinte frase de meu filho de apenas 11 anos: "A verdade mesmo que “feia” sempre esta acima e é melhor que qualquer mentira “bela”. Que a verdade absoluta que é a Bíblia esteja escrita em nossos corações por toda a eternidade com submissão e obediência a tudo que por Deus nos foi revelado.

Graça e Paz!
Pablo Silveira

domingo, 4 de dezembro de 2011

Supremacia da Palavra (Parte III)



Muito me entristecem, alguns episódios onde representantes da fé cristã ao ministrarem manifestam total descaso com a Palavra do Senhor e em alguns casos, confesso, percebo ser até inconsciente, contudo, ainda é um verdadeiro dissabor. Percebe-se grande deficiência na leitura diária, e dependência do Espírito para revelação nessa leitura, fazem de tudo, têm tempo pra todos os afazeres familiares, profissionais e eclesiásticos, porém não para a oração e ministério da Palavra (Atos 6:2,4), o que logo se origina fábulas.

Existem hoje, vários países onde cristãos e familiares são expressamente vedados à leitura da Palavra, são perseguidos, coagidos, torturados e em vários momentos martirizados, não aspirando aprofundar-nos nesta questão, todavia são mortos por simplesmente lerem as Sagradas Escrituras.
E nestes países os cristãos perseguidos dão valor inestimável em cada página deste maravilhoso Livro, é mais que pedras preciosas, não têm preço.

Pergunto-me, em constrangimento, porque tendo nós liberdade em nosso Brasil, não valorizamos em atitude de meditação (Josué 1:8), dedicação (Salmos 119:4), submissão (Salmos 119:7, 8), fome e sede (Salmos 119: 131,132), prazer na leitura (Salmos 119: 46,47), Temor (Salmos 119:43)?
Porque é ao contrário, todo o tempo somos desmotivados até mesmo por pastores?

A resposta é única, composta de duas Palavras, JESUS CRISTO! Toda a Palavra revela, prediz e cumpri em torno do Senhor dos Senhores, Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Príncipe da Paz, Pai da eternidade, Nome Acima de todo o nome.
Nosso arqui-inimigo, o diabo se opõe a tudo o que é de Deus, e a Palavra é a boca inerrante de Deus.

Perseveremos juntos para uma geração que não tenha do que se envergonhar, que saiba manejar a Palavra, que caminhe na Palavra, que respire a Palavra, Que A conheça plenamente, alcançando intimidade com a Palavra de Deus e o Deus da Palavra

Graça e Paz!
Pablo Silveira

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

” Não morrerei antes das promessas de Deus se cumprirem em minha vida” Será mesmo?



Esta é uma daquelas frases feitas, tipo letra de canção, que não está contida na Bíblia e nem tampouco se encontra base nas escrituras para defender tal idéia. Se morremos ou vivemos é para Deus: Jesus é o centro. (Fp 1.21-23; Rm 8.38,39).

No livro de Hebreus há um rol de heróis da fé que foram verdadeiros exemplos de fidelidade ao Senhor e que, conforme está escrito, morreram sem alcançar a promessa.

“Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas” Hb 11.13

“E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa” Hb 11.39

Biblicamente, portanto, está claro que tal chavão gospel não está correto. É mais uma mentira alimentada pelo egoísmo e a cobiça humanas.

Por isso, querido leitor, creia que as promessas de Deus podem se cumprir em sua vida sim. Mas tem que ser, antes, fruto espontâneo de uma busca em primeiro lugar pelo Reino de Deus. E o cumprimento de tais promessas podem acontecer ou não, isso não é o principal, as promessas não são o principal, você não é o principal. Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas.

Então eu te digo, sem meias palavras, você pode morrer sim antes de receber as promessas!

Pra. Raquel Dias

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Evangelho da Prosperidade?

Abramos os olhos para com o evangelho que está sendo propagado nos dias de hoje.


Clamemos misericórdia...

Graça e Paz
Pablo Silveira

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Doutrina ou Costume?


Amados, antes de tudo, gostaria de ressaltar que não sou contra nenhum tipo de “doutrina” estabelecido seja qual for a congregação/denominação, entretanto vamos discorrer alguns pontos que considero relevantes.
É extremamente comum ouvirmos alguns irmãos, e não são poucos, dizerem com orgulho: Minha igreja tem doutrina, lá as mulheres não usam brincos, maquiagens, pulseiras e etc...
Na verdade, existe uma grande confusão por parte destes no que se refere ao termo “doutrina” e “costume”. Deste modo vamos definir os dois:

Doutrina: No novo testamento, a palavra mais usada para doutrina é didachê que significa: Ensino, instrução, tratado, ou seja, para um conceito ser doutrina cistã, é necessário que ele esteja exposto por grande parte das Sagradas Escrituras, e é aplicável a todos os cristãos.

Costume: Estão ligados a usos, a uma prática habitual particular, baseado na moda vigente naquele tempo e lugar

Caro leitor, afirmo que a doutrina Bíblica além de gerar santidade, temor e vida eterna também gera bons costumes, mas os bons costumes não geram de forma alguma doutrina Bíblica.
São inúmeras as igrejas usufruindo de uma imensidão de bons costumes, e lamentavelmente quase nada de doutrina, deste modo os membros passam de certa forma a confiar em suas próprias obras e acham mais perto de Deus por não fazerem ou usarem “isto” ou “aquilo”. E em conseqüência os membros ficam ainda mais sujeitos ao declínio espiritual, por não terem uma base alicerçada na Palavra de Deus.
No mais devemos fazer algumas análises minunciosas quanto às nossas vestimentas e adornos:
Serve para glorificar a Deus? (ICo 10:31)
Sou motivo de escândalo? (Rm 13-16,21;  ICo 10:32) Muitas coisas podem não ser pecado, mas devemos evitar o escândo (ICo 10:23-31)
Mostra que sou santo? (IPd 1:14-15)
Jesus usaria? (IJo 2:6)
Mostra que sou templo do Espírito? (ICo 6:18-20)

Amados, tenhamos equilíbrio e zelo pelas coisas do Senhor e extremo cuidado para não profanar o que é santo: O templo do Espírito Santo que é você.

Graça e Paz!
Pablo Silveira

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Outro Desabafo! Devo parar de escrever?


Meu blog é jovem, apenas um mês de vida e tudo o que escrevo tudo o que elaboro é primordialmente pensando em glorificar a Deus de alguma forma, e posteriormente pensando na possibilidade de ter pessoas em algum lugar deste planeta necessitando de esclarecimentos a cerca dos assuntos aqui abordados.
É prazeroso, é gratificante, minha alma literalmente se regozija no Senhor, pois escrevo com amor, extremo zelo pelas Sagradas Escrituras e na tentativa de estar sempre na dependência do Espírito.
Apesar disso ouço vozes dizendo para eu desistir, porque segundo elas, não passam de palavras lançadas na rede, e para piorar ouço vindo de pessoas que ao meu ver deveriam na verdade me dar apoio, uma vez que, o meu trabalho neste blog nada mais é que difundir a inerrante Verdade em sua essência na pessoa Jesus Cristo.
Manifesto então minha angústia, não há como esconder... Todavia como sempre, me refugio na Palavra de Deus, podendo aqui me referir a inúmeros versículos, mas, ficarei com apenas um:
Porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu, e há muitos adversários.(ICo 16:9)
Apostolo Paulo menciona duas coisas, a primeira é uma grande porta (para o trabalho) e a segunda são os muitos adversários, ou seja, temos grandes batalhas pela frente mesmo quando uma grande porta é aberta pelo próprio Deus.

Sem mais palavras...

Que o Senhor seja Louvado seja qual for à situação

Pablo Silveira

Graça por Graça


A graça de Deus é um dos temas predominantes nas Sagradas Escrituras, este vocábulo aparece mais de 100 vezes no antigo testamento e mais de 200 vezes no novo testamento.
Graça, provém do latim Gratia que primeiramente significa favor, ou disposição bondosa da parte de Deus, e alguns definem como “favor imerecido”.
Deste modo podemos observar que favor não há como pagar ou recompensar, a graça é uma dádiva, um favor da parte de Deus para o homem absolutamente independente da questão de merecimento.

E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. (João 1:16)
Amados, este versículo explica que a graça recebida é baseada, alicerçada somente e exclusivamente na graça apenas, portanto a verdadeira razão de Deus nos amar não partiu de alguma obrigação de sua parte, de uma ação forçada sobre Ele, ou por algo que fazemos, agimos ou pensamos, a graça expressa simplesmente Seu amor porque Ele nos amou primeiro.

Vale ressaltar que o ápice da graça de Deus é sem dúvida alguma manifesto na pessoa Jesus Cristo:
...Tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Ele é antes de todas as coisas e nEle tudo subsiste... Porque aprouve a Deus que nEle residisse toda a plenitude... (Gl 1:16, 17e 19)

Breve contraste entre a graça e a lei:
A lei diz: “pague tudo”, mas a graça diz: “tudo está pago”, a lei apresenta uma obra a fazer, a graça é uma obra consumada, alei restringe as ações, a graça transforma a natureza corrompido do homem, a lei condena a graça justifica, debaixo da lei somos servos assalariados, debaixo da graça somos filhos.

Podemos classificar a graça de quatro maneiras:
A Graça preveniente, que vem antes, que precede a conversão, que atrai
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.(João 6:44)

A Graça eficiente, tornando-se eficaz para produzir conversão
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. (Jo 16:8)

A Graça efetiva e habitual, tornando-nos morada do Espírito Santo resultando em uma vida plena do fruto do Espírito
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. (Gl 5:22, 23)

Amados somos dependentes do Senhor para todas as coisas, até mesmo para nos achegar à Ele, Na segunda carta de Pedro entendemos que necessitamos crescer em graça e conhecimento assim como Jesus cresceu.

Sejamos todos influenciados por esta maravilhosa graça, por este extremo favor indiscutivelmente imerecido para herdarmos a salvação pela fé em Cristo Jesus.

Graça e Paz!
Pablo Silveira

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cristão Adoece?


Já ouviu a estória onde o crente quando está legitimamente em Cristo não adoece?
Quantas foram às vezes que ouvimos dizer que nós cristãos não podemos sofrer doenças, e que se estivermos com alguma dificuldade nesta área é porque estamos em pecado ou endemoninhados. Deste modo, faz-nos sentir à margem da igreja, contribuindo na maioria das vezes ainda mais para o agravo em questão.
Observemos que esta afirmativa é uma inverdade, quando passamos pelo crivo da Palavra do Senhor. Citemos alguns exemplos:



Davi, homem biblicamente conhecido como segundo o coração de Deus, e também Jó, Moisés, Elias, enfim, grandes e verdadeiros heróis da nossa fé, homens de coragem e determinação, homens piedosos e de caráter admirável tiveram o que hoje chamamos de depressão.

Que diremos, pois de Eliseu, profeta do Senhor e grandes foram os feitos de Deus através desta vida, mesmo assim morreu de uma doença (ll Reis 13:14).  E foi tão cheio do Espírito Santo que depois de morto, a indefectível Bíblia relata que seus ossos ressuscitaram um homem (ll Reis 13:21).

Alguns até argumentam que tudo isso foi no velho testamento, nos tempos antigos (o que é verdade), mas agora vivemos na graça, portanto não se aplica a nós! 
Será? Vejamos um belo exemplo:

Deus através do apóstolo Paulo executava milagres extraordinários, a ponto de curar e libertar, por meio até mesmo dos lenços e aventais de seu uso pessoal (Atos 19:11,12).
E este mesmo Paulo sendo usadíssimo além de todos os outros dons, nos dons de curar aconselha Timóteo a usar um pouco de vinho por causa de suas freqüentes enfermidades (l Timóteo 5:23). (A palavra no original grego aqui empregado é “oinos”, a qual é traduzida por “vinho”, pode significar tanto suco de uva fermentado como não fermentado, dependendo do contexto. Trataremos disso num outro momento).


Interessante não?

Amados, nadem contra a maré, sejamos fiéis à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra, não desistam, permaneçam, perseverem, foram escolhidos, não murmurem, Deus proverá e renovará suas forças. Sejam grande em amor e glorifiquem a Deus mediante qualquer circunstância.

Glórias e honras e louvores àquele que é Digno, pelos séculos dos séculos, amém.

Graça e Paz!
Pablo Silveira

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Não Posso Me Conformar



Deplorável a direção que estamos tomando, ao invés de conhecermos e prosseguirmos em conhecer a Deus por sua retidão e santidade, por sua majestade e justiça, lamentavelmente somos guiados em nossas ambições e anseios, perdemos-nos em meio a tantas preocupações e adversidades rotineiras.
Mas, enfim, precisamos de tantas coisas... Não posso perder isso, jamais abrirei mão daquilo... De forma alguma aceitarei qualquer insulto! E a dívida que tenho que receber? E outras para pagar? Minha saúde? Meus familiares e parentes, meus amigos e vizinhos? Meu bom emprego, minha faculdade, meus negócios, minha imagem? Minhas conquistas e meus sonhos???... Eu, eu, eu e mais eu... Sem notar buscamos a Deus por pura e unica conveniência e benefício próprio.


Espinhos nos sufocam e não percebemos

(Mateus 13:22) “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”.


Pedras fazem-nos crescer sem raiz e não percebemos

(Mateus 13:21) “Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende”


Negligenciamos as Sagradas Escrituras, reflitam, analisem, não cumprimos sequer o primeiro grande mandamento, proferido pelo próprio Jesus nosso Senhor (Mateus 22:37), “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”.


E não é qualquer amor amados, não falarei eu, meditemos em oração no amor verdadeiro descrito no capítulo 13 da primeira epístola de Coríntios:

...”o amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,  não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta “...


Não colocamos Deus em primeiro lugar em nossas vidas. No genuíno evangelho de Cristo também existem perdas, dores fortíssimas, frustrações, aflições e renúncias. Compete a nós exaltá-Lo dando graças em TODAS as situações.


Deus tem o melhor para cada um de nós, é fato, somos filhos, sacerdotes real, nação santa, povo escolhido e adquirido por Ele. Todavia não esqueceremos as solicitudes da vida narrada no evangelho de Mateus cap.6 verso 33.

 “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Façamos então uma auto-análise... Estamos sendo movidos pela motivação correta?

Em espírito de inconformidade passaremos a enaltecer a Deus mediante qualquer acontecimento, não importa o que enfrentemos, e oremos para sermos movidos pelo combustível correto, o AMOR a JESUS.


Dê adeus ao antropocentrismo e passe a viver o Cristocentrismo


Graça e Paz!
Pablo Silveira

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Intolerância



Intolerância significa falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças



Em casa, no trabalho, na faculdade, numa roda de amigos, num diálogo a dois, e até mesmo dentro das igrejas, quando certos assuntos são abordados onde opiniões se divergem, por natureza sobrepomos nosso ponto de vista, julgando-nos presuncosamente inerrantes e donos da razão. Somos orgulhosos, tentamos obrigar a todos a aceitarem nossos argumentos de imediato e que ainda passem a aderir às idéias por nós colocadas. Ficamos nervosos por nossa própria intolerância, irritados com as pessoas e irados com toda a situação.

Mesmo que inconscientemente, em alguns casos, a forma de nos expressarmos, o tom de nossas vozes, nosso olhar e gesticulações demonstra claramente nossas imposições arrogantes condicionadas exclusivamente no que defendemos.

É hora de revertermos este cenário mediante o que nos está proposto pela Palavra, e sejamos submissos a ela. A intolerância nos faz pecar (isso sim, "o pecado" é absolutamente INTOLERÁVEL), pois nos afasta de Deus.
Não tropecemos na língua, e daremos conta de refrear todo o nosso corpo. Estaremos desde já prontos para ouvir seja o que for, sejam calunias, sejam injustiças, seja mentiras a nosso respeito, sejam opiniões diversas que divergem com as nossas. Somos bem aventurados, não podemos nos esquecer. Estejamos prontos para ouvir, sendo tardios para falar e tardios para irar, praticando o fruto do Espírito, amando os que nos odeia e orando a favor dos que nos perseguem. Traremos sempre conosco uma palavra de temperança, desempenhando nossa salinidade, adicionando o tempero certo.
E se a discussão ocorrer em detrimento de desacordos bíblicos e desarmonias teológicas pronuncie com amor seu ponto de vista, ouça a outra parte e procure analisar os textos ou assuntos em questão com espírito humilde e pronto para novas descobertas divinas, e se por ventura você estiver correto não se dobre, a Verdade é absoluta, porém não peque, suporte em amor.

No mais, oremos ao Senhor clamando-O para forjar em nós o Teu caráter por completo, dependendo sempre do Espírito Santo e não de nós mesmos, pois não queremos jamais nos estribar em nosso próprio entendimento.

Que o Senhor seja adorado exaltado e louvado, pois só Ele é conhecedor de tudo.

Graça e Paz!
Pablo Silveira

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A Parábola da Drácma




Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida”. Lucas 15:8, 9



Dracma provém do grego drachma  que é uma antiga unidade monetária das Cidades-Estados gregas e muitos reinos do Oriente Médio a partir do período helenístico, correspondendo hoje ao equivalente de 3,6g de prata, podendo assim afirmar ser algo de valor.


Em meio a publicanos e pecadores ecoado às murmurações dos fariseus e escribas Jesus profere esta parábola contendo valiosas e eternas lições, nos dando a possibilidade dentro de sua multiforme graça de aqui seguir dentro de várias questões, e aplicá-las em inúmeras áreas de nossas vidas, entretanto, gostaria de juntos observar à partir da seguinte forma.


“Ou qual a mulher que...”

Somos a noiva do cordeiro, logo representados pela mulher


“... tendo dez dracmas se perder uma dracma”...

A dracma é parte importante de nosso relacionamento para com Deus, o caráter do Senhor já forjado em nós, caráter este que gera busca em oração, leitura da Palavra, jejum. enfim, intimidade com Ele.


 “... não acende a candeia”...

Ao aceitamos verdadeiramente a Jesus, ganhamos salinidade, passamos a ser luz para este mundo, mas agora a candeia está apagada temos que acendê-la novamente.


“... e varre”...

Se tivermos que varrer é porque Jesus não é mais o centro de nossas vidas e atitudes. O que você faz é para Deus? Não se esqueçam do pecado, ele é sujeira e imundícia, se não estivermos limpos não veremos a Deus.


“... a casa”...

A casa é o nosso próprio interior, Deus Pai e Deus Filho habita em nós na pessoa Deus Espírito Santo, somos templo dEle.


“...e busca com diligência até a achar?”

Buscaremos então diligentemente reencontrar a Deus.


Vamos juntos reacender nossa candeia e limpar nosso interior do pecado buscando ao Senhor enquanto se pode achar.


Graça e Paz!
Pablo Silveira


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Simplesmente Jesus

Quando contemplamos a Jesus, onde todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos, onde reside a plenitude, entendemos através da Palavra que nEle foram criadas todas as coisas visíveis e as invisíveis também, tudo foi criado por meio dEle e para Ele pois nEle tudo subsiste.
E é por meio deste mesmo Jesus que nos veio a Salvação, a reconciliação consigo mesmo e com Deus. Em Adão entrou o pecado que nos afasta de Deus e gera morte para o corpo e para a alma, estávamos alienados, distantes, mas através de teu precioso sangue vertido na cruz, formos comprados, temos hoje livre acesso a sala do trono, no santos dos santos, o véu foi rasgado. Jesus é a porta, é o caminho, Jesus é a vida eterna.
Jesus no Getsêmani orou ao Pai intensamente, e com tamanha agonia por causa deste mundo pecador orava a ponto do teu suor se tornar gotas de sangue.
Seu sacrifício foi árduo, humilhante, desumano, constrangedor, contudo, necessário pois NOS AMOU PRIMEIRO.
Jesus proferiu ainda no Getsêmani estas palavras:
Pai se possível for afaste de mim este cálice.
Amados, qual cálice é este?
Quando lemos o velho testamento na grande maioria das vezes cálice se refere à ira de Deus, e esta ira Divina ocasionava no afastamento do Espírito de Deus. Isso mesmo, o Espírito de Deus era retirado do meio de teu povo, pois grande era a dimensão do pecado e a falta de arrependimento.
Entendemos, portanto que Jesus na verdade não tentou evitar se entregar por nós, pelo contrário, Ele se ofereceu desde o princípio. Jesus não tentou evitar momento algum ser humilhado, perseguido, caluniado, maltratado, cuspido, Jesus não tentou evitar ser esbofeteado, não tentou evitar que o colocassem a coroa de espinho, não tentou evitar nem mesmo a crucificação, o vinagre queimando em sua garganta, a morte e a lança que o perfurou.
Jesus tentou evitar e pediu ao Pai que se possível fosse, o livrasse, de não sentir a Tua PRESENÇA, mesmo que por míseros instantes somente a falta da PRESENÇA do Pai o preocupava.
Observamos este fato em Mateus 27:46 "E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"
Jesus suportou como um cordeiro mudo.

Jesus é a imagem do Deus invisível, do Criador, do Sustentador por isso Ele é antes de todas as coisas, será por toda a eternidade e é poder de Deus para nossas vidas. 

Pensem nisso.
Pablo Silveira

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Supremacia da Palavra (Parte II)

Pedro foi um homem excepcional, é indiscutível. A princípio quando por Jesus foi chamado se mostrou várias vezes espontaneamente imaturo e até mesmo ingênuo podemos assim dizer sem medo de errar.
No entanto, após sua conversão, a começar na escolha de Matias (Atos 1: 15 – 26) e mais precisamente no qüinquagésimo dia após a resurreição de Cristo (Levítico 23: 15,16),  no dia de Pentecostes em seu discurso narrado a partir do verso 14 do 2º capítulo de Atos revelou-se íntegro, sábio, equilibrado e cheio do Espírito Santo.
Mas foi em sua velhice, em seus últimos dias de vida (II PE 1:14), que inteiramente inspirado escreveu sua última carta ou epístola, em aproximadamente 66 e 67 D.C. relatando então suas maiores preocupações com a Igreja do Senhor, por conseguinte, incisivamente escreveu em (IIPedro 1: 16 – 21):

Somos testemunha ocular de Cristo, não arquitetamos nada...
(v.16) Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade.


Estávamos (Pedro, Tiago e João) no monte da transfiguração (Lucas 9:28 – 36)
(v. 17-18) Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo;


Apesar desta visão espetacular, metafísica e eterna, temos ainda mais firmes, a PALAVRA DE DEUS, as SAGRADAS ESCRITURAS, o LIVRO SANTO a BÍBLIA SAGRADA.
(v. 19 - 21) E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.
Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

Mesmo com uma visão genuinamente divina, nos é assegurado que cada passagem, cada versículo cada vírgula contida na Bíblia nos é mais firme. Por qual razão então, pessoas das mais variadas congregações e dos mais variados níveis de conhecimento Bíblico e secular insistem pôr suas ditas experiências acima da Palavra?
Reflitam em oração....

Graça e Paz!
Pablo Silveira

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Deus é Surpreendente


Nosso Pai, o Criador de todas as coisas é Magnífico e irresistivelmente insondável.

O Senhor reina; regozijemos todos, Este sim é grande em força e forte em poder, um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor, os seus relâmpagos iluminam o mundo; a terra viu e tremeram, os montes derretem como cera em sua presença, na presença do Senhor de toda a terra.
Ele mesmo mediu todas as águas na concha de sua mão, e mensurou os céus a palmos, faz sair o seu exército de estrelas, todas elas bem contadas, e as chama cada uma pelo nome.

Espraiou a terra, e a tudo quanto produz; dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela, não sente cansaço nem se fatiga, não mente, não erra, não se surpreende, não falha.

Imaginem agora o seu lar.
Habitando sobre a redondeza da terra, localizado nas extremidades do norte acima das mais altas nuvens e acima também das estrelas no monte da congregação, Jesus à sua destra e lá está assentado em seu trono cujas bases são justiça e juízo, ao redor deste trono um arco-íris, vinte e quatro anciãos vestidos de branco em suas cabeças contendo coroas de ouro, e além destes anciãos quatro seres viventes.
Mentalizem agora estes quatro espetaculares seres sem descanso e ininterruptamente proclamando: Santo, Santo, Santo  é o Senhor Deus, o todo Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir...
...ao mesmo tempo os vinte e quatro anciãos se prostrando depositando suas coroas diante deste maravilhoso Deus proclamando: Tu és digno Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas. [Glórias!!!]

Quão Grande é o Senhor, e muito digno de louvor, a sua grandeza e entendimento são inescrutáveis.

Este mesmo Deus nos ama com Amor incomensurável, nos enviou seu único Filho, Jesus Cristo, para nEle herdamos vida eterna. Somos privilegiados, porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além deste que trabalha para aquele que nele espera. 

Esperemos sempre no Senhor!


Todo o texto foi composto entre combinações das passagens: Salmos 97:1-5; Salmos 145:3; Isaias 14:13,14; Isaias 40:12,22,26 e 28; Números 23:19; Isaias 64:4; Apocalipse 4; João 3:16

Graça e Paz!
Pablo Silveira

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Desabafo de Um Inconformado



Estamos vivenciando dias difíceis em detrimento aos evangelhos que têm se propagado em todo este planeta.
É um total dissabor perceber que a centralidade em Cristo está rasa e escassa e é angustiante ouvir afirmativas que golpeiam com furor o genuíno evangelho do Senhor.

Caro leitor, pense e responda:

Onde está escrito que devemos determinar, ou seja, dar ordem para o Criador de todas as coisas a cerca de qualquer assunto?

Onde está escrito que somos mensurados em Deus mediante os bens materiais e financeiros que temos?

Onde está escrito que teremos somente vitórias, sucessos e conquistas?

Onde está escrito que não teríamos doenças?

A Bíblia se tornaria incerta, é isso? Deus mentiria? Deus erraria? Jamais!!!
Pregam versículos isolados fora de seu contexto e criam um pretexto, estou saturado com homens e mulheres que acrescentam e retiram palavras das Sagradas Escrituras, homens e mulheres que interpretam os textos sagrados a seu bel prazer.

Um evangelho de conveniências a gosto de todos os fregueses, trazendo o mundo para dentro das congregações para atrair públicos. O mundo tem que ser impactado com as palavras de vida eterna e não nós nos adequarmos a ele.

Necessitamos em caráter de urgência de alimento sem fermentos e sem misturas.


Reflitam sobre isso.
Pablo Silveira

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Martinho Lutero e suas 95 Teses

Lutero precursor da reforma protestante nasceu em 10 de novembro de 1483 na cidade Alemã de Eisleben. Se tornou monge, professor de teologia e um grande estudioso das Sagradas Escrituras, e com o passar do tempo foi descobrindo que não se consegue ganhar a salvação através de boas ações ou autopunições era necessário somente a nossa fé na graça de Deus em nossas vidas manifesto na pessoa Jesus Cristo. Com isso, Lutero estava retornando aos fiéis pensamentos Bíblicos importantes que estavam completamente perdidos e esquecidos da vida da igreja naquele momento.
Lutero decidiu então tornar públicas essas idéias e elaborou 95 teses, reunindo o mais importante de sua (re)descoberta teológica, e fixou-as na porta da igreja do castelo de Wittenberg, no dia 31 de outubro de 1517. Ele pretendia abrir um debate para uma avaliação interna da Igreja, pois acreditava que a Igreja precisava ser renovada a partir do Evangelho de Jesus Cristo.
Em pouco tempo toda a Alemanha tomou conhecimento do conteúdo dessas teses e elas espalharam-se também pelo resto da Europa. Embora tivesse sido pressionado de muitas formas - excomungado e cassado - para abandonar suas idéias e os seus escritos, Lutero manteve suas convicções. Suas idéias atingiram rapidamente o povo e essa divulgação foi facilitada pelo recém inventado sistema de impressão de textos em série.
O Movimento da Reforma espalhou-se pela Europa. Em 1530 os líderes protestantes escreveram a “Confissão de Augsburgo", resumindo os elementos doutrinários fundamentais do luteranismo.Em 1546, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos, Martinho Lutero faleceu. Finalmente, em 1555, o Imperador reconheceu que haviam duas diferentes confissões na Alemanha: a Católica e a Luterana (Protestantismo).
Eis abaixo as 95 teses que Martinho Lutero ousadamente fixou na porta da Igreja católica:
1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.
 40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.


Referencia: Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil


Graça e Paz!
Pablo Silveira

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